sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Eu não sei

O que é que eles querem??
O que é que eu faço??
Diz-me qualquer coisa!!
Não sei!

O que é que eles querem?
Eu não sei!!
O que é que eles querem?
Eu não sei!
Eu não sei!!
Diz-me qualquer coisa.

O que é que eu faço?
O que é que eles querem?

O que é que eles querem??
Eu não sei!
O que é que eles querem?
Eu não sei.
Eu não sei.

Diz-me qualquer coisa!
Diz-me qualquer coisa...

O que é que eu faço?
O que é que eles querem?
O que é que eu faço...
Eu não sei...

domingo, 18 de outubro de 2009

aos agnósticos

deus é amor e um pastel de nata.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

tipos de narrador

Estava deitada, passava das onze, dia de semana.
Sentada na cama, com a roupa a cobrir-me as pernas despidas pelos calções do pijama, ainda de verão, acompanhava-me um livro de Stephen King. Encontros sociais, fanatismos e vestidos vermelhos, pág. 116.
Intervalava os parágrafos com uma infusão de frutos vermelhos, servida numa caneca com coelhos agricultores de óculos de sol a desejar uma páscoa feliz. Tinha-o preparado momentos antes. A caneca, sentada ao meu lado, exibia um (des)equilibrio notável, que sugeria um diluvio cor-de-rosa eminente. Não a mudei, ficava longe.
Esvaziei prontamente a caneca antes que se entronasse nos lençóis azul-claro, com flores bordadas a azul mais escuro e branco, de vez em quando. Contrasta com a colcha roxa. Aí não fazia mal entornar. Pena não haver mais.
(tenho mais na cozinha...)
(é longe, há escadas)
(comodista)
(podia ser pior...)
Longo silêncio virado para a parede norte.
Dei por mim a pensar na vida. Nas pessoas, e nos seus animais de estimação.
(metafóricos! pobres dos bichos...)
E nalguns casos nos seus chapéus. E antes de voltar ao livro, conclui pra ninguém:
Há os omniscientes, os omnipresentes, os omnipotentes e os omniparvos.
(porque é que não me ensinaram isto na escola?)