sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

palavras

Escrevo no meio das palavras. Por todo o lado, disparadas pelo ar, velozes e descontroladas. Por toda a parte, não posso escapar. Quem as pára? Quem as cessa? Palavras afiadas contra o ar erráticas, sem dono nem destino. Bem, dono devem ter, alguém as pensou, e disparou, agora destino... Vão por aí, sem saber onde parar, até alguém as agarrar, ou esbarrar nelas. Ou até alguém ser aingido mortalmente e cair redondo no chão. E a palavra que o atingiu? Morre com ele? Ou atira-se à primeira pessoa que se aproximar? Bem, para prevenir, mais vale não nos aproximarmos de pessoas caídas no chão com palavras espetadas no estômago...

11.fev.10

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