sábado, 14 de junho de 2008

Um polvo na minha chavena de chá

Em slow motion: O aroma a pimenta paira
Sobre a grafonola
Tentando imaginar-se uma coisa densa e púrpura.

O amarelo forte das nuvens desenha-se
(Enquanto o tempo não passa)
Na escotilha por de trás do televisor:
“Lebres com corpo de gente
A preto e branco na banheira.”

Barcos de fósforos, perfumados,
Ironizam a sua impotência
Deixando-se cair no fundo do horizonte:
“Tenho um polvo na minha
Chávena de chá!”

2 comentários:

José Louro disse...

Denso, hein? Li três vezes. O título é maravilhoso.

Marta Sofia disse...

Fantástico, sim! :D